Curso regular tocá Rufar

O BOMBO VAI ÀS ESCOLAS


O BOMBO VAI ÀS ESCOLAS
Ano letivo 2024-2025

 
Curso Regular Tocá Rufar 1º Ciclo (2º, 3º, 4º anos do 1º Ciclo)
1’ Ciclo: 2º ano – expressão musical, canto, percussão e expressão corporal
3º ano – Instrumento bombo
4º ano – instrumentos bombo e caixa-de-rufo

 

Área Expressiva: Percussão Tradicional Portuguesa e Canto

Docentes responsáveis: Alice Bunt, Bárbara Marques, Flávio Santos, Inês Silva, Pedro Araújo

Total de turmas: 53
Total Alunos: 1300
Total de horas/turma: 30h aulas práticas

3 apresentações públicas.
 

 

INTRODUÇÃO

O Tocá Rufar desenvolve parcerias com municípios e outras instituições no sentido de ministrar oficinas de percussão tradicional portuguesa nas escolas do 1º ciclo. Nestas aulas os alunos, organizados como uma orquestra de percussão, aprendem, através da iniciação musical, as técnicas básicas de canto, expressão corporal, os instrumentos bombo e caixa-de-rufo e interpretando, no final do ano letivo, um repertório comum a todas as turmas.
 

Ao longo de vários anos, em parceria com a Câmara Municipal do Seixal e Câmara municipal da Moita, o Tocá Rufar tem lecionado anualmente em escolas deste concelho formando, este ano letivo, 53 turmas de percussão em turmas do 1º Ciclo do Ensino Básico.

PRINCÍPIOS GERAIS

O Tocá Rufar tem como missão promover o instrumento bombo a ícone da identidade e cultura portuguesas e desenvolver a sua prática, no âmbito de orquestras de percussão tradicional portuguesa contemporânea.

As oficinas nas escolas são disponibilizadas de forma gratuita aos participantes e abrangem previlegiadamente zonas desfavorecidas e com pouca oferta cultural.

Enquanto aulas de música põem os mais novos em contacto com a sua herança musical e tornam-nos sujeitos ativos que é uma forma consistente de preservar o património musical português e formar públicos apreciadores da música tradicional do nosso país.


Além do seu atributo cultural e artístico a intervenção do Tocá Rufar nas escolas implica e explora a experiência relacional do tocador no seio de uma orquestra e seu emprego na aprendizagem social dos indivíduos obrigando-os a lidar com as questões:


Como permanecer autónomo no seio do grupo? Como estar ao serviço de um conjunto sem perder a identidade?


Este trabalho imprime um importante desenvolvimento do desempenho ao nível da disciplina, da concentração e da capacidade do indivíduo se colocar no lugar do outro.

 

 

OBJETIVOS

Junto das escolas do 1º ciclo o Tocá Rufar pretende:

- Introduzir e desenvolver a linguagem da percussão tradicional portuguesa aplicada às necessidades e exigências das crianças e da educação do presente;

- Fazer da formação artística e cultural fonte de valor, desenvolvimento e contemporaneidade;

- Aproximar a prática artística do quotidiano das crianças como forma de democratização do acesso ao saber e à cultura, dentro dos princípios de justiça e igualdade, lutando contra a banalização cultural e o pensamento único;

- Fomentar a criação e inovação no seio de uma tradição partilhada;

- Preparar as crianças, do ponto de vista dos conhecimentos musicais, para uma possível futura integração enquanto tocadores na Orquestra Tocá Rufar.

LINHAS ORIENTADORAS E CARACTERIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES DE FORMAÇÃO

As oficinas Tocá Rufar têm lugar nas escolas com periodicidade semanal. Em horário a acordar com os professores das turmas letivas o professor do Tocá Rufar desloca-se ao estabelecimento de ensino onde, geralmente (excetuando as aulas do 2º ano), já se encontram os instrumentos necessários à realização da formação.


A aula, com duração de 60 minutos, admite a participação máxima de 30 formandos embora a formação seja mais bem-sucedida com grupos entre 15 a 25 alunos.

No Curso Regular Tocá Rufar o professor leciona a matéria da aula de acordo com a planificação e os conteúdos definidos para as turmas do 2º, 3º e 4º anos letivos.

As aulas do Tocá Rufar, como quaisquer aulas de música, são lecionadas sobre uma base de silêncio.

 

Ao longo do ano o Tocá Rufar prevê 3 momentos de apresentação pública por turma. Estes não deverão acontecer antes de meados do 2ª período letivo.

As apresentações realizam-se preferencialmente no mesmo horário da aula e, caso assim não seja, estão sujeitas à disponibilidade do instrutor e à consideração da direção pedagógica do Tocá Rufar e deverão ser solicitadas com a maior antecedência possível.

Quando uma ou mais turmas se destacam pela sua qualidade musical e disciplinar, poderão ser convidadas a atuar juntamente com a Orquestra Tocá Rufar em eventos de dimensão nacional.
 

CONTEÚDOS

No 1º ano de aulas Tocá Rufar (2º ano do 1º ciclo) a aprendizagem será dedicada à iniciação musical, desenvolvendo o canto e a expressão corporal, acompanhada com alguns (pequenos) instrumentos de percussão adequados a esta faixa etária.

No 2º ano de aulas (3º ano do 1º ciclo) os alunos aprendem a tocar o bombo em toda a sua complexidade, mantendo as bases musicais
No 3º ano de aulas (4º ano do 1º ciclo) é introduzido o instrumento caixa-de-rufo. Este instrumento, de maior complexidade que os anteriores, requer competências avançadas as quais, em média, apenas 25% dos alunos de uma turma alcançam. Estes vão sendo observados e gradualmente selecionados nos anos de aprendizagem anteriores.
A par com o necessário desenvolvimento técnico e musical de cada turma é introduzido gradualmente um conjunto de repertório comum, composto por sequências de padrões rítmicos (ostinatos) e temas musicais para percussão tradicional portuguesa do repertório da Orquestra Tocá Rufar.


As aulas Tocá Rufar devem decorrer num espaço interior adequado ao número de participantes e com acústica capaz para o trabalho em questão.
Quando assim não acontece a situação é ponderada e poderá implicar a redução do número de alunos, a procura de um espaço alternativo ou mesmo o cancelamento do trabalho com a turma em questão.

CALENDÁRIO

A intervenção do Tocá Rufar nas escolas inicia-se na primeira semana de outubro com a realização da apresentação dos professores afetos a esta atividade.
As aulas Tocá Rufar acompanham o calendário escolar e cumprem os mesmos períodos de férias. Na última semana de aulas poderão não ser realizadas as aulas de percussão, podendo estas ser substituídas por apresentações de final de ano.