Patrimonialização da Construção e Práticas Tradicionais Coletivas dos Bombos de Portugal
“Também assisti à dança dos tambores, folia selvagem. Imagine-se quatro ou cinco tambores rufando ao mesmo tempo e, no meio, o homem do bombo, fazendo-o retumbar com fortes golpes de baqueta, vibrada por cima da cabeça, por cima dos ombros, ora por debaixo do esquerdo, ora debaixo do braço direito. As piruetas que ele era obrigado a fazer para conseguir fazer estes efeitos de acrobatismo musical, não posso eu dizê-lo. Só visto.”
Alberto Pimenta (1902)
Em memória a Joaquim Lobato “Ti Joaquim” (1941 - 2016)
"Não há modernidade sem ela estar assente na tradição e na memória coletiva de um povo.
É importante que seja capaz de se adaptar, sim, mas sem nunca perder o Norte, porque o que cria o apetite dos outros sobre nós próprios, a nível nacional e internacional, é a nossa diferença; e essa modernidade não resulta só do pensamento livre, resulta de uma ancoragem com a nossa memória coletiva e na nossa tradição popular.
Só existe contemporaneidade com uma raiz naquilo que é a história do nosso povo."
João Brites I Congresso Internacional do Bombo, Lisboa 2015